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NCM Extrato De Tomate: Guia Completo Para Classificação Fiscal

Quando pensamos em produtos alimentícios processados, a classificação fiscal desempenha um papel fundamental na sua regulamentação, tributação e comércio internacional. Entre os muitos ingredientes amplamente utilizados na indústria alimentícia, o extrato de tomate ocupa uma posição de destaque, especialmente pela sua versatilidade e apelo nutricional. No entanto, a correta classificação do extrato de tomate no Sistema de Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) é essencial para garantir conformidade com a legislação fiscal, evitar problemas na importação e exportação, além de definir as alíquotas de impostos aplicáveis.

Este artigo tem como objetivo oferecer um guia completo para a classificação fiscal do extrato de tomate, esclarecendo conceitos, detalhes técnicos, critérios de enquadramento, e orientações práticas. A compreensão do NCM referente a este produto é imprescindível tanto para empresários quanto para profissionais de compliance, advogados, e entidades reguladoras que atuam no setor alimentício.


O que é o NCM e sua importância

O sistema de classificação fiscal

O NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) é um código de oito dígitos utilizado pelas países membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) para categorizar mercadorias de forma padronizada. Sua implementação se deu para facilitar o comércio internacional, uniformizar a tributação, e assegurar a correta identificação de produtos na documentação fiscal.

Como o NCM influencia o comércio

Cada código NCM está associado a uma tributação específica, incluindo impostos federais, estaduais e municipais. Assim, a correta classificação assegura que o produto esteja sob a alíquota adequada, evita problemas de fiscalização, multas e impedimentos de circulação de mercadoria na cadeia de suprimentos.


Classificação do extrato de tomate no NCM

O que é extrato de tomate?

O extrato de tomate é um produto alimentício obtido a partir do processamento de tomates, concentrado por meio de processos que removem a água, resultando em uma pasta densa e de alto valor nutricional. Pode conter aditivos alimentares, conservantes e outros ingredientes, dependendo da formulação e do padrão de fabricação.

Como é definido na legislação de classificação

Segundo a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), o extrato de tomate é classificado com base na sua composição, processo de fabricação e finalidade de uso. Para determinar o código NCM adequado, é fundamental analisar sua composição, estado de apresentação e uso comercial.

Critérios de enquadramento

Para classificação do extrato de tomate, alguns fatores são considerados:

  • Presença de ingredientes adicionais (como conservantes, acidulantes, etc.)
  • Estado físico do produto (se é uma pasta, um purê, ou um concentrado líquido)
  • Proporção de ingredientes principais (tomate em sua maior concentração)
  • Uso principal do produto (se destinado a alimentos, ingredientes industriais ou outro fim)

Análise detalhada do NCM do extrato de tomate

NCM 2002 — Produtos de tomate, incluindo extrato de tomate

De acordo com a Tabela de NCM, o código mais utilizado para o extrato de tomate é o 2002, que abrange:

"Produtos de tomate (pasta, purê ou polpa de tomate e similar), incluindo extrato de tomate, congelados ou refrigerados."

Este código contempla produtos na forma de pasta, concentrados e outros derivados do tomate, desde que não estejam classificados em outros códigos específicos.

Subdivisões do NCM 2002

O NCM 2002 pode subdividir-se de acordo com o estado do produto:

Código NCMDescriçãoObservações
2002.10Tomates, refrigerados ou congelados, inteiros, cortados ou em pedaçosNão se aplica ao extrato de tomate
2002.20Pulpas, purês e molhos de tomate, mesmo fervidos ou cozidos, mas sem adição de ingredientes adicionaisPode incluir alguns extratos de tomate simples
2002.90Outros produtos de tomate, incluindo extrato de tomate, não especificados ou incluídos em outros itensPrincipal código para extrato de tomate em pasta concentrada

Portanto, para extrato de tomate, o código mais adequado é 2002.90.

Particularidades na classificação

Valendo-se do Regulamento Aduaneiro, há situações em que a classificação pode variar de acordo com a composição do produto. Por exemplo:

  • Se o extrato possui aditivos ou ingredientes adicionais, sua classificação pode mudar para um outro código, como o 2103 (preparações alimentícias não especificadas anteriormente).
  • Produtos líquidos ou em formas específicas podem precisar de classificação distinta ou complementada com notas explicativas.

Exemplos de classificação

ProdutoNCMObservação
Extrato de tomate concentrado (pasta)2002.90Classes comuns de extrato de tomate
Molho de tomate pronto2103.90Preparações alimentícias diversas
Purê de tomate congelado2002.20Pode ter subdivisões adicionais na classificação

Procedimentos para correta classificação fiscal

1. Análise do produto

Antes de definir o código NCM, é imprescindível determinar:

  • Composição do extrato de tomate (percentual de tomate, aditivos)
  • Estado de conservação e embalagem
  • Finalidade de uso (industrial, alimentício, ingrediente)

2. Consultar legislação vigente

Recomenda-se verificar a TIPI, notas explicativas do NCM e regulações específicas do Ministério da Agricultura e da Receita Federal.

3. Utilizar recursos oficiais

  • SINIEF (Sistema Nacional de Gestão de Recolhimento de Tributos)
  • Sistema de Consulta do NCM disponível no site da Receita Federal (link oficial) que fornece detalhes atualizados.

4. Cadastro e documentação adequada

Manter registros precisos da classificação, documentos fiscais e notas de origem é fundamental para evitar problemas fiscais futuros.


Implicações fiscais do NCM do extrato de tomate

Tributação federal

A classificação impacta a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), além de influenciar o PIS e a COFINS.

Tributações estaduais

Nos estados, a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) varia consoante o código NCM e a origem do produto.

Importação e exportação

O correto enquadramento é crucial na obtenção de licenças de importação, controle de tarifas aduaneiras e cumprimento de normas internacionais.


Conclusão

A classificação correta do extrato de tomate no NCM, especialmente sob o código 2002.90, é essencial para garantir conformidade fiscal, evitar penalidades e facilitar o comércio nacional e internacional. Compreender os critérios de enquadramento, analisar a composição do produto, e consultar fontes oficiais são passos indispensáveis para profissionais da área.

A classificação adequada também influencia as obrigações tributárias e a competitividade no mercado. Assim, investir na compreensão do Sistema de Nomenclatura Cumprimenta uma função fundamental na gestão de produtos alimentícios.


Perguntas Frequentes (FAQ)

1. Qual o NCM do extrato de tomate?

O NCM mais utilizado para o extrato de tomate é 2002.90, que contempla produtos derivados do tomate, incluindo extrato concentrado.

2. Como saber se meu extrato de tomate deve ser classificado como pasta ou molho no NCM?

A classificação depende da composição do produto, sua apresentação e finalidade. Produtos mais concentrados e sem ingredientes adicionais tendem a caber no código 2002.90, enquanto molhos prontos ou com ingredientes diversificados podem se enquadrar no código 2103.90. Recomenda-se análise detalhada da fórmula e consultar a legislação.

3. Quais os principais critérios para classificar extrato de tomate no código 2002.90?

Os fatores principais incluem a ausência de ingredientes adicionais, estado de concentração e forma de apresentação como pasta ou concentrado. A análise deve focar na composição do produto e sua finalidade de uso.

4. Quais são as consequências de uma classificação incorreta do extrato de tomate no NCM?

A classificação incorreta pode acarretar problemas fiscais, como autuações, multas, retenção de mercadorias na aduana, pagamento de impostos indevidos ou insuficientes, além de dificuldades na documentação de importação e exportação.

5. Onde posso consultar a legislação oficial para classificação do extrato de tomate?

Pode-se consultar a TIPI (Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados) no site oficial da Receita Federal, assim como notas explicativas do NCM disponíveis na mesma plataforma. Para informações detalhadas, também é válido consultar órgãos como o Ministério da Agricultura.

6. Como o NCM influencia na tributação do extrato de tomate na importação?

A classificação correta determina a alíquota do IPI, PIS, COFINS e ICMS aplicáveis na importação, impactando diretamente no custo final do produto. Uma classificação padrão reduz riscos de cobranças indevidas e facilita o desembaraço aduaneiro.


Referências


Este artigo busca oferecer uma compreensão aprofundada e atualizada para que você possa atuar com segurança na classificação fiscal do extrato de tomate, contribuindo para a conformidade legal e o sucesso nos negócios.

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